Rosa Parks - Ativista negra norte-americana
- Mar 21, 2022
Dia 21 de março é o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial e nada melhor que falar de alguém que lutou pelos direitos civis dos negros.
Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks foi uma ativista negra norte-americana. Nasceu no dia 4 de fevereiro de 1913, na cidade de Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos. Ela cresceu em uma fazenda com os pais James e Leona McCauley. Na juventude, problemas de saúde na família obrigaram Rosa a parar de estudar e começar a trabalhar como costureira. Quando os pais se separaram ela se mudou para a cidade de Montgomery, capital do estado Alabama.
Em 1932, Rosa casou com com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), organização que luta pelos direitos civis dos negros, na qual ela entrou e se tornou militante. Desde o começo do século XX, o transporte público da cidade de Montgomery era segregado por lei. Os negros achavam injusto, mas como havia o apoio do Estado não tinha o que ser feito.
Na noite do dia 1 de dezembro de 1955, Rosa entrou em um ônibus e sentou em um dos lugares destinados aos negros. Em uma das paradas, muitas pessoas embarcaram e o motorista notou que duas ou três pessoas brancas estavam em pé. Logo, ele, com o intuito de resolver o problema, mudou o sinal de "colored" ("pessoa de cor", termo usado para se referir a afro-americanos) e exigiu que os passageiros negros sentados levantassem para que os brancos sentassem. Rosa se recusou a ceder o lugar, com isso o motorista chamou a polícia que a levou presa.
O presidente e outro membro da NAACP pagaram a fiança de Parks e ela deixou a cadeia na manhã do dia seguinte. Três dias depois do acontecimento com Rosa, membros da associação e outros ativistas convocaram um boicote aos ônibus de Montgomery. Mais de 40 mil negros que usavam o transporte público persistiram com o boicote por 381 dias.
Rosa Parks se tornou um ícone do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Entretanto, a curto prazo não foi necessariamente bom para ela, pois diversas sanções eram feitas contra os ativistas, como dificuldade para conseguir emprego, ameaça de morte pelos brancos, além de ser obrigada a mudar de cidade, instalando-se em Detroit. Acometida de doenças mentais e saúde muito debilitada, Rosa faleceu em seu apartamento, no dia 24 de outubro de 2005. O caixão foi velado com honras da Guarda Nacional do estado de Michigan, autoridades da época e antigas lideranças dos movimentos civis compareceram no funeral.