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Nuvem, algoritmos e o labirinto fiscal brasileiro

  • Jul 27, 2018

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A utilização da tecnologia para processos fiscais está cada vez mais crescente, especialmente do lado do governo. A nota fiscal eletrônica, a DCTF Web e a EFD (Escrita Fiscal Digital) são grandes exemplos. Mas, existem vantagens reais para as empresas? Como o empresariado deve estar preparado para não cair no labirinto fiscal brasileiro que está, portanto, cada vez mais automatizado?

Respondendo à pergunta: sim, é vantajoso que o governo esteja mais organizado para a própria saúde da economia. Não vamos entrar aqui no mérito da alta carga tributária, mas de dois fatos absolutos: ela existe; temos que pagá-la.

O processo fiscal, porém, ainda gera muitas dúvidas para as companhias brasileiras. Isso porque o problema não está apenas na complexidade do sistema tributário do país, com suas inúmeras obrigações. Ele normalmente acontece antes, já no início do processo de cadastramento de um produto/serviço (e sua classificação) ou cliente/fornecedor (e de seu regime tributário), por exemplo. Além disso, algumas empresas não costumam encarar as entregas como processos gerenciáveis e que podem ser automatizados. Os setores apenas saem fazendo cada um a sua parte, sem muita integração.

Então surge o questionamento: como obter sucesso em meio ao “enigmático” mundo dos tributos? Precisa-se olhar para isso além do contexto da nota fiscal. Existem no mercado soluções para todas as fases do processo de tributação, como cálculo e apuração de impostos, checagem de obrigações acessórias etc.

Nesse contexto, a tecnologia é a maior facilitadora, pois já é possível a empresa ter um fluxo integrado para gerenciar o processo fiscal que começa muito antes da emissão da Nota Fiscal. Visualizar o processo de forma ampla e crítica e identificar as questões fiscais envolvidas desde o momento do cadastramento do cliente/fornecedor vai permitir a automatização de operações que hoje pode ser feita em grande escala. Isso porque não é nada simples, muito menos lucrativo, uma empresa fazer pesquisas individuais para entender a tributação de seus produtos ou mesmo manter esta legislação atualizada, já que o número de alterações no Brasil é gigantesco.

Dentro desse contexto, o uso de serviços baseados em nuvem passa a ser, por que não, um diferencial competitivo para as empresas – ressalto que o governo já está na nuvem com serviços como consultas de CNPJ, de alterações tributárias, o SPED, entre outros. Com a agilidade e inteligência naturalmente agregadas a esse perfil de serviço, é possível focar o tempo de uma série de profissionais (vendedores, compradores, financeiro, fiscal etc) no que traz dinheiro para dentro: o negócio. Além de, claro, evitar prejuízos com multas ou até mesmo cálculo errado de impostos de venda ou compra que podem prejudicar a rentabilidade.

Para finalizar, reforço que em longo prazo, os segmentos que mais se beneficiarão da automação fiscal tendem a ser aqueles que possuem um grande volume de produtos e transações (compra e venda), como o varejo, concessionárias e e-commerces. No fim do dia, a eficiência faz toda a diferença. A tecnologia serve não apenas para fechar o cerco e fiscalizar a situação das companhias, mas também traz melhor performance e otimiza os processos. E acredite: Todos acabam ganhando com isso.

 

Confira a matéria que saiu no Jornal Contábil na íntegra clicando aqui.

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